Prestação de Contas foi aprovada com os votos favoráveis do PS e abstenção do PSD e CDU
A Assembleia Municipal de Vila Nova de Poiares aprovou ontem, por maioria, com os votos favoráveis da bancada do PS, e abstenção do PSD e da CDU, na sua última reunião, os Relatórios de Gestão e de Atividades da Prestação de Contas 2022 do Município.
Conforme apresentado pelo Presidente da Câmara Municipal, João Miguel Henriques, no que concerne ao Relatório de Gestão, o destaque vai para o resultado líquido do exercício que, pela primeira vez nos últimos 3 anos é positivo em 10.253€, a par da não existência no final de 2022 de dívidas a fornecedores e do prazo médio de pagamentos ser de apenas 1 dia, «o que contribui para reforçar a credibilidade do Município e reforçar a relação de confiança junto dos nossos fornecedores e prestadores de serviços».
No que respeita à dívida global, o Presidente da Câmara informou que «a 31 de dezembro de 2022 era de 12.875.373,04€, o que representa uma amortização de quase 8 milhões de euros à dívida que encontramos quanto tomamos posse pela primeira vez em 2013, ou seja, uma redução de quase 40%, bem representativo e significativo da responsabilidade e esforço com que temos gerido as finanças municipais».
Já em termos de execução, «é de assinalar uma taxa de execução na receita de 93,82%, totalizando 10.122.366,93€ e, na despesa, de 82,77%, representando uma execução de 8.930.296,05€. De notar ainda o resultado do saldo de gerência de 1.192.070,88€ que foi já incluído no orçamento de 2023, conforme deliberação da Assembleia Municipal de Fevereiro», referiu João Miguel Henriques.
De acordo com o Presidente da Câmara Municipal, «o exercício de 2022 continua a demonstrar a capacidade de gestão muito equilibrada dos recursos, fundamental para a recuperação financeira do Município que ainda continua muito endividado, Aliás, esta é a razão pela qual continuamos a tentar que os investimentos sejam o mais possível apoiados pelos fundos estruturais, área em que temos de realçar o excelente trabalho que temos realizado, dado que a generalidade das candidaturas apresentadas tem tido boas apreciações e demonstrado bons resultados».
Município deve sair do excesso de endividamento até final de 2025
A redução do excesso de endividamento é mesmo a grande aposta do Executivo, prevendo que «no final de 2025 seja possível que o Município cumpra os limites legais de endividamento e assim possa «reconquistar a sua autonomia de gestão, e definir estratégias de redução de impostos municipais, isenções de taxas e licenciamentos, bem como possa deixar de estar limitado ao nível da contratação de recursos humanos, ou até poder recorrer ao crédito, se pontualmente houver necessidade de assumir compromissos de investimento».
A bancada do Partido Socialista foi a única que se manifestou na discussão do ponto, felicitando o Executivo pelas contas apresentadas, sublinhando a elevada taxa de execução que, em sua opinião, reflete bem a fiabilidade do Orçamento que foi aprovado, e dá confiança aos documentos apresentados.
Recorde-se que o documento foi aprovado apenas com os votos favoráveis do PS, merecendo a abstenção dos partidos da oposição, o que, aliás, já tinha acontecido na reunião da Câmara Municipal, onde o documento também tinha merecido igual votação.