Medidas preventivas
Situação Meteorológica:
No seguimento dos briefings com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e de acordo com a informação meteorológica disponibilizada, salienta-se a passagem de uma superfície frontal entre o dia 11 e o dia 13 com a ocorrência de períodos de precipitação forte, podendo abranger a totalidade do território continental, com tendência para a continuidade nos dias seguintes, em especial nas regiões Norte e Centro.
2 - Efeitos expectáveis:
Os episódios típicos das estações de transição, com a ocorrência das primeiras chuvas, são propícios:
- À ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento;
- A ocorrência de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água;
- À instabilização de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, podendo ser potenciados pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo;
- À contaminação de fontes de água potável por inertes resultantes de incêndios rurais;
- A situações de piso rodoviário escorregadio por eventual formação de lençóis de água e/ou presença de óleos;
- Ao arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública.
3 – Medidas de Autoproteção:
A ANEPC e o Serviço Municipal de Proteção Civil recomendam à população a tomada das necessárias medidas de precaução e especial atenção, às possíveis consequências:
Inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais.
1. Com as primeiras chuvas, as quantidades de lixo depositado nas embocaduras dos sistemas de águas pluviais, a obstrução originada pela queda de folhas de árvores e os detritos vegetais juntamente com outros materiais inertes que durante a estação seca se depositaram ao longo das valetas das vias de comunicação, contribuem para situações de obstrução dos canais de escoamento.
2. Estas são geralmente responsáveis pelo arrastamento e concentrações destes resíduos sólidos em locais inadequados (sarjetas, sumidouros, valetas) originando acumulações de águas pluviais que poderão provocar cortes de vias de comunicação ou mesmo inundações nos pisos mais baixos de edifícios.
3. Desta forma, recomenda-se a limpeza e desobstrução de sumidouros, valetas e outros canais de drenagem, removendo folhas caídas das árvores, areias e pedras que ali se depositaram previamente à época das chuvas.
4. Paralelamente, cada cidadão deve também tomar uma atitude pró-ativa, nomeadamente assegurando a desobstrução dos sistemas de escoamento de águas pluviais dos quintais, ou varandas e a limpeza de sarjetas, algerozes e caleiras dos telhados de habitações.
Cheias motivadas pelo transbordo do leito de cursos de água.
1. O arrastamento e deposição de materiais sólidos pelos cursos de água pode contribuir, significativamente para o acréscimo dos efeitos das cheias. Outros condicionantes, como a falta de obstáculos à progressão da água nas bacias drenantes e a incapacidade de retenção da precipitação no coberto vegetal (como consequência de áreas ardidas) assim como a diminuição da capacidade
de vazão das linhas de água devido ao arrastamento de sólidos (por erosão) desde as bacias drenantes até à linha de água, são fatores associados às inundações por cheias.
2. Neste contexto, recomenda-se a adoção, entre outras, das seguintes medidas de precaução:
Evitar cortes rasos de material lenhoso ardido em situações de declive intenso, localizados nas proximidades das linhas de água;
Recolha ou trituração dos resíduos resultantes do corte dos salvados das áreas ardidas localizadas nas margens das linhas de água;
Recolha ou trituração dos resíduos de atividades agrícolas e florestais existentes nas margens das linhas de água;
Contaminação de fontes de água potável por inertes resultantes de incêndios rurais.
Arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte.
Os ventos fortes ou muito fortes, contínuos ou em rajada, são fenómenos muito frequentes, que podem arrastar, com perigo para os cidadãos e danos para o património, estruturas que não se encontrem devidamente fixadas. Recomenda-se que se verifiquem todas as estruturas que, pelas suas características (dimensão, formato, altura desde o solo, resistência ao vento), possam ser facilmente arrastadas ou levantadas dos seus suportes, procurando garantir que resistem aos ventos fortes. Nos casos em que tal seja impossível, deve garantir-se a facilidade de remover/desmontar essas estruturas, guardando-as em locais seguros sempre que ocorram ventos fortes previsíveis.
Mantenha-se informado, através do Serviço Municipal de Proteção Civil e dos órgãos de comunicação social.
Proteja-se a si e aos outros. Tome medidas preventivas.